C
Visão aérea do Castelo dos Livros.
A alemã Jella Lepman levava livros em um ônibus para as crianças que viveram a Segunda Guerra. E o transformou na maior biblioteca infantil e juvenil do mundo.
Em meio aos destroços da Segunda Guerra Mundial,
cuja atrocidade provocou um enorme amargor na espécie humana em relação
aos próprios homens, despertando a desconfiança de que a razão por si
mesma não pode salvar a humanidade, uma mulher cuidava de crianças
órfãs.
Como grande cuidadora que era, ela enxergou na leitura e na literatura a
possibilidade de reconstrução do mundo. Afinal, os homens não passaram
ilesos nem impunes pela Grande Guerra, mas os livros, com toda a
potência que carregam, permaneciam. Se era assim, o caminho seria
formar, através dessas obras, futuros homens e mulheres que um dia
teriam nas mãos a possibilidade de dar novas formas ao mundo.
Mas o mundo é de todos – ou melhor, somos todos – e ninguém pode mudá-lo
sozinho. Nem um só livro, nem um só autor, nem uma só língua de um só
indivíduo.
Assim, Jella Lepman juntou
como pôde toda a prosa e a poética do planeta em um ônibus-biblioteca e
realizou uma exposição internacional de livros infantis, em diversos
idiomas, no ano de 1946. Estava plantada a semente da Biblioteca Juvenil
Internacional de Munique, fundada em 1949, na Alemanha, sendo a maior
biblioteca de literatura infantil e juvenil do mundo.
Jella
Lepman juntou como pôde toda a prosa e a poética do planeta em um
ônibus-biblioteca e realizou uma exposição internacional de livros
infantis em 1946.
São cerca de um milhão de títulos, em 120 idiomas. Todos os anos, a
Biblioteca seleciona centenas de livros infantis e juvenis publicados em
mais de 70 países. Crianças de todas as nacionalidades que visitam o
acervo encontram literatura de qualidade em seu idioma – e ainda podem
dar uma espiadinha ou escutadinha nas língua dos outros.
Ao trazer livros para junto de crianças que perderam tudo na guerra,
Jella Lepman acreditava no entendimento pelo encantamento entre
diferentes povos e culturas. No encontro com as diferenças, descobrimos e
construímos nosso modo de ser no mundo e por aí é que inventamos a isso
que chamamos humanidade. Este continua sendo o mote dessa grande
Biblioteca formadora de crianças e jovens.
Como grande cuidadora que era, Jella enxergou na leitura e na literatura a possibilidade de reconstrução do mundo.
Desde 1983, a Biblioteca Juvenil Internacional de Munique está abrigada
no Castelo de Blutenburg, construção de 1435 que, com a chegada do
acervo, se tornou conhecida como “O Castelo dos Livros”.
Além da biblioteca, Jella Lepman idealizou também o International Board on Books for Young People – IBBY, organização internacional sem fins lucrativos para o livro juvenil. No Brasil, a entidade é representada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ.
É criação do IBBY o prêmio internacional Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil e juvenil, que já contemplou as autoras brasileiras Lygia Bojunga (1982) e Ana Maria Machado (2000).
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Visão aérea do Castelo dos Livros.
A alemã Jella Lepman levava livros em um ônibus para as crianças que viveram a Segunda Guerra. E o transformou na maior biblioteca infantil e juvenil do mundo.
Em meio aos destroços da Segunda Guerra Mundial,
cuja atrocidade provocou um enorme amargor na espécie humana em relação
aos próprios homens, despertando a desconfiança de que a razão por si
mesma não pode salvar a humanidade, uma mulher cuidava de crianças
órfãs.
Como grande cuidadora que era, ela enxergou na leitura e na literatura a
possibilidade de reconstrução do mundo. Afinal, os homens não passaram
ilesos nem impunes pela Grande Guerra, mas os livros, com toda a
potência que carregam, permaneciam. Se era assim, o caminho seria
formar, através dessas obras, futuros homens e mulheres que um dia
teriam nas mãos a possibilidade de dar novas formas ao mundo.
Mas o mundo é de todos – ou melhor, somos todos – e ninguém pode mudá-lo
sozinho. Nem um só livro, nem um só autor, nem uma só língua de um só
indivíduo.
Assim, Jella Lepman juntou
como pôde toda a prosa e a poética do planeta em um ônibus-biblioteca e
realizou uma exposição internacional de livros infantis, em diversos
idiomas, no ano de 1946. Estava plantada a semente da Biblioteca Juvenil
Internacional de Munique, fundada em 1949, na Alemanha, sendo a maior
biblioteca de literatura infantil e juvenil do mundo.
Jella
Lepman juntou como pôde toda a prosa e a poética do planeta em um
ônibus-biblioteca e realizou uma exposição internacional de livros
infantis em 1946.
São cerca de um milhão de títulos, em 120 idiomas. Todos os anos, a
Biblioteca seleciona centenas de livros infantis e juvenis publicados em
mais de 70 países. Crianças de todas as nacionalidades que visitam o
acervo encontram literatura de qualidade em seu idioma – e ainda podem
dar uma espiadinha ou escutadinha nas língua dos outros.
Ao trazer livros para junto de crianças que perderam tudo na guerra,
Jella Lepman acreditava no entendimento pelo encantamento entre
diferentes povos e culturas. No encontro com as diferenças, descobrimos e
construímos nosso modo de ser no mundo e por aí é que inventamos a isso
que chamamos humanidade. Este continua sendo o mote dessa grande
Biblioteca formadora de crianças e jovens.
Como grande cuidadora que era, Jella enxergou na leitura e na literatura a possibilidade de reconstrução do mundo.
Desde 1983, a Biblioteca Juvenil Internacional de Munique está abrigada
no Castelo de Blutenburg, construção de 1435 que, com a chegada do
acervo, se tornou conhecida como “O Castelo dos Livros”.
Além da biblioteca, Jella Lepman idealizou também o International Board on Books for Young People – IBBY, organização internacional sem fins lucrativos para o livro juvenil. No Brasil, a entidade é representada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ.
É criação do IBBY o prêmio internacional Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil e juvenil, que já contemplou as autoras brasileiras Lygia Bojunga (1982) e Ana Maria Machado (2000).
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