Por que 18 de abril é Dia Nacional do Livro Infantil?
Neste dia, no fim do século 19, nasceu aquele que viria a se tornar o maior escritor da literatura infantil brasileira. Confira como foi a infância deste importante autor.
Nesta data, em 18 de abril de 1882, nasceu José Bento Renato Monteiro Lobato, que viria a se tornar o escritor que é considerado o maior nome da literatura para crianças no Brasil.
José Bento Renato Monteiro Lobato
Em junho de 1898 perde o pai. Um ano depois, a mãe de Monteiro Lobato,
vítima de profunda depressão, também falece. Embora quisesse ingressar
na Faculdade de Belas-Artes, passa a estudar na Faculdade de Direito do
Largo São Francisco, em São Paulo, por imposição do avô. Em 1901,
preside a Arcádia, sociedade literária dos alunos da Faculdade, e
colabora com crônicas e críticas teatrais no jornal do grupo. Em 1903,
integra a comissão de redatores do jornal O Onze de Agosto, publicação
do recém-fundado Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito.
No mesmo ano, participa da criação do jornal Minarete, de
Pindamonhangaba, e escreve em O Povo, publicando artigos sob diversos
pseudônimos. Depois de se formar, em 1904, Monteiro Lobato retorna à
cidade natal e passa a escrever artigos de crítica de arte no Jornal de
Taubaté. Dois anos depois, é nomeado promotor público da comarca de
Areias, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Já casado com Maria da Pureza de Castro Natividade, o escritor escreve
para A Tribuna, de Santos, a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, e
contribui com caricaturas e desenhos para a revista Fon-Fon. Nessa época
também traduz artigos do jornal londrino Weekly Times para O Estado de
S. Paulo. Com o falecimento do avô, torna-se aos 29 anos o herdeiro da
Fazenda Buquira, e muda-se para lá com a esposa e os dois filhos
pequenos, Marta e Edgar, dedicando-se à lavoura e à criação. Ali nascem
alguns anos depois seus outros dois filhos, Guilherme e Rute. Foi na
Vila de Buquira, hoje município Monteiro Lobato, que ocorreu o fato que
de certa forma definiu sua carreira literária. O então fazendeiro, que
enfrentava as constantes queimadas praticadas pelos caboclos da região
durante o inverno seco, escreveu uma carta e a enviou para a seção
Queixas e Reclamações do jornal O Estado de S. Paulo. Cientes do valor
daquela carta, os editores do jornal a publicaram fora da seção
destinada aos leitores, com o título “Uma Velha Praga”. O texto,
polêmico, fez com que Monteiro Lobato iniciasse uma colaboração com o
jornal que durou mais de duas décadas.
Como colaborador de O Estado de S. Paulo, Monteiro Lobato publicou pela
primeira vez o artigo "Urupês", dando vida ao famoso personagem Jeca
Tatu. Foi no jornal também que Monteiro Lobato publica, em 20 de
dezembro de 1917, o seu artigo “A propósito da exposição Malfatti”,
posteriormente recolhido no livro "Ideias de Jeca Tatu" (1919), sob o
título “Paranóia ou Mistificação?”, considerado o estopim de sua
polêmica com os modernistas. Monteiro Lobato também inicia, no Estado,
uma pesquisa de opinião pública sobre a figura do saci, intitulada
“Mytologia brasílica”. O livro "Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito"
é então lançado em 1918, reunindo textos de leitores do jornal e também
de autoria do próprio escritor. Neste ano compra a Revista do Brasil,
onde dá espaço para novos talentos e se engaja em causas nacionalistas. O
sucesso da Revista lhe permite criar uma empresa editorial. É nessa
editora que publica "Problema Vital", livro em que compila a série de
artigos sobre sobre saúde pública e saneamento que escrevera no Estado.
Na década de 1920, dedica-se à literatura infantil e publica uma série
de livros, dando vida aos famosos personagens Narizinho, Pedrinho, Dona
Benta, Tia Anástácia, Emília e Visconde de Sabugosa, do Sítio do
Pica-pau Amarelo.
Após alguns anos morando nos Estados Unidos, retorna ao Brasil em 1931
defendendo que o ferro, o petróleo e as estradas seriam o tripé que
levaria ao progresso brasileiro. É nessa época que publica no Estado as
séries de artigos “Machina e Energia”, entre maio e junho, e “O petróleo
no Brasil”, entre novembro e dezembro. Dedica-se integralmente à
campanha do petróleo, fundando a Companhia Petróleos do Brasil, e monta o
dossiê "O Escândalo do Petróleo" (1936), cujas acusações ao governo
Getúlio Vargas o levam à prisão em 1941. Perseguido pelo Estado Novo,
aproxima-se do comunismo, mas não chega a ingressar na carreira
política. Em 1946 torna-se sócio da Editora Brasiliense, a convite de
Caio Prado Júnior, mesmo ano em que se publicam suas "Obras Completas",
em 13 volumes. Monteiro Lobato viveu durante 20 anos em Taubaté, 27 em
São Paulo, 3 em Areias, 7 na Fazenda do Buquira, 3 no Rio de Janeiro, 5
em Nova York e 1 em Buenos Aires. Faleceu aos 66 anos de idade, vítima
de um derrame.
Por que 18 de abril é Dia Nacional do Livro Infantil?
Neste dia, no fim do século 19, nasceu aquele que viria a se tornar o maior escritor da literatura infantil brasileira. Confira como foi a infância deste importante autor.
Nesta data, em 18 de abril de 1882, nasceu José Bento Renato Monteiro Lobato, que viria a se tornar o escritor que é considerado o maior nome da literatura para crianças no Brasil.
José Bento Renato Monteiro Lobato
Em junho de 1898 perde o pai. Um ano depois, a mãe de Monteiro Lobato,
vítima de profunda depressão, também falece. Embora quisesse ingressar
na Faculdade de Belas-Artes, passa a estudar na Faculdade de Direito do
Largo São Francisco, em São Paulo, por imposição do avô. Em 1901,
preside a Arcádia, sociedade literária dos alunos da Faculdade, e
colabora com crônicas e críticas teatrais no jornal do grupo. Em 1903,
integra a comissão de redatores do jornal O Onze de Agosto, publicação
do recém-fundado Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito.
No mesmo ano, participa da criação do jornal Minarete, de
Pindamonhangaba, e escreve em O Povo, publicando artigos sob diversos
pseudônimos. Depois de se formar, em 1904, Monteiro Lobato retorna à
cidade natal e passa a escrever artigos de crítica de arte no Jornal de
Taubaté. Dois anos depois, é nomeado promotor público da comarca de
Areias, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Já casado com Maria da Pureza de Castro Natividade, o escritor escreve
para A Tribuna, de Santos, a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, e
contribui com caricaturas e desenhos para a revista Fon-Fon. Nessa época
também traduz artigos do jornal londrino Weekly Times para O Estado de
S. Paulo. Com o falecimento do avô, torna-se aos 29 anos o herdeiro da
Fazenda Buquira, e muda-se para lá com a esposa e os dois filhos
pequenos, Marta e Edgar, dedicando-se à lavoura e à criação. Ali nascem
alguns anos depois seus outros dois filhos, Guilherme e Rute. Foi na
Vila de Buquira, hoje município Monteiro Lobato, que ocorreu o fato que
de certa forma definiu sua carreira literária. O então fazendeiro, que
enfrentava as constantes queimadas praticadas pelos caboclos da região
durante o inverno seco, escreveu uma carta e a enviou para a seção
Queixas e Reclamações do jornal O Estado de S. Paulo. Cientes do valor
daquela carta, os editores do jornal a publicaram fora da seção
destinada aos leitores, com o título “Uma Velha Praga”. O texto,
polêmico, fez com que Monteiro Lobato iniciasse uma colaboração com o
jornal que durou mais de duas décadas.
Como colaborador de O Estado de S. Paulo, Monteiro Lobato publicou pela
primeira vez o artigo "Urupês", dando vida ao famoso personagem Jeca
Tatu. Foi no jornal também que Monteiro Lobato publica, em 20 de
dezembro de 1917, o seu artigo “A propósito da exposição Malfatti”,
posteriormente recolhido no livro "Ideias de Jeca Tatu" (1919), sob o
título “Paranóia ou Mistificação?”, considerado o estopim de sua
polêmica com os modernistas. Monteiro Lobato também inicia, no Estado,
uma pesquisa de opinião pública sobre a figura do saci, intitulada
“Mytologia brasílica”. O livro "Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito"
é então lançado em 1918, reunindo textos de leitores do jornal e também
de autoria do próprio escritor. Neste ano compra a Revista do Brasil,
onde dá espaço para novos talentos e se engaja em causas nacionalistas. O
sucesso da Revista lhe permite criar uma empresa editorial. É nessa
editora que publica "Problema Vital", livro em que compila a série de
artigos sobre sobre saúde pública e saneamento que escrevera no Estado.
Na década de 1920, dedica-se à literatura infantil e publica uma série
de livros, dando vida aos famosos personagens Narizinho, Pedrinho, Dona
Benta, Tia Anástácia, Emília e Visconde de Sabugosa, do Sítio do
Pica-pau Amarelo.
Após alguns anos morando nos Estados Unidos, retorna ao Brasil em 1931
defendendo que o ferro, o petróleo e as estradas seriam o tripé que
levaria ao progresso brasileiro. É nessa época que publica no Estado as
séries de artigos “Machina e Energia”, entre maio e junho, e “O petróleo
no Brasil”, entre novembro e dezembro. Dedica-se integralmente à
campanha do petróleo, fundando a Companhia Petróleos do Brasil, e monta o
dossiê "O Escândalo do Petróleo" (1936), cujas acusações ao governo
Getúlio Vargas o levam à prisão em 1941. Perseguido pelo Estado Novo,
aproxima-se do comunismo, mas não chega a ingressar na carreira
política. Em 1946 torna-se sócio da Editora Brasiliense, a convite de
Caio Prado Júnior, mesmo ano em que se publicam suas "Obras Completas",
em 13 volumes. Monteiro Lobato viveu durante 20 anos em Taubaté, 27 em
São Paulo, 3 em Areias, 7 na Fazenda do Buquira, 3 no Rio de Janeiro, 5
em Nova York e 1 em Buenos Aires. Faleceu aos 66 anos de idade, vítima
de um derrame.
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