Por que 18 de abril é Dia Nacional do Livro Infantil?


Por que 18 de abril é Dia Nacional do Livro Infantil?

Neste dia, no fim do século 19, nasceu aquele que viria a se tornar o maior escritor da literatura infantil brasileira. Confira como foi a infância deste importante autor.


Nesta data, em 18 de abril de 1882, nasceu José Bento Renato Monteiro Lobato, que viria a se tornar o escritor que é considerado o maior nome da literatura para crianças no Brasil.

José Bento Renato Monteiro Lobato

18/4/1882, Taubaté (SP) – 04/7/1948, São Paulo (SP).

O criador do "Jeca Tatu" passou toda sua infância na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, num sítio de propriedade de seu pai, José Bento Marcondes Lobato. Foi alfabetizado pela mãe, Olímpia Monteiro Lobato, e descobriu o mundo dos livros por intermédio do avô materno, o Visconde de Tremembé, dono de uma grande biblioteca, onde leu os clássicos da literatura. Quando fazia o estudo primário em sua terra natal, já escrevia pequenos contos para o jornalzinho da escola. Em dezembro de 1895, Monteiro Lobato vai a São Paulo prestar exames de admissão para um curso preparatório para a faculdade, mas é reprovado e retorna a Taubaté.
Em junho de 1898 perde o pai. Um ano depois, a mãe de Monteiro Lobato, vítima de profunda depressão, também falece. Embora quisesse ingressar na Faculdade de Belas-Artes, passa a estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, por imposição do avô. Em 1901, preside a Arcádia, sociedade literária dos alunos da Faculdade, e colabora com crônicas e críticas teatrais no jornal do grupo. Em 1903, integra a comissão de redatores do jornal O Onze de Agosto, publicação do recém-fundado Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito. No mesmo ano, participa da criação do jornal Minarete, de Pindamonhangaba, e escreve em O Povo, publicando artigos sob diversos pseudônimos. Depois de se formar, em 1904, Monteiro Lobato retorna à cidade natal e passa a escrever artigos de crítica de arte no Jornal de Taubaté. Dois anos depois, é nomeado promotor público da comarca de Areias, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Já casado com Maria da Pureza de Castro Natividade, o escritor escreve para A Tribuna, de Santos, a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, e contribui com caricaturas e desenhos para a revista Fon-Fon. Nessa época também traduz artigos do jornal londrino Weekly Times para O Estado de S. Paulo. Com o falecimento do avô, torna-se aos 29 anos o herdeiro da Fazenda Buquira, e muda-se para lá com a esposa e os dois filhos pequenos, Marta e Edgar, dedicando-se à lavoura e à criação. Ali nascem alguns anos depois seus outros dois filhos, Guilherme e Rute. Foi na Vila de Buquira, hoje município Monteiro Lobato, que ocorreu o fato que de certa forma definiu sua carreira literária. O então fazendeiro, que enfrentava as constantes queimadas praticadas pelos caboclos da região durante o inverno seco, escreveu uma carta e a enviou para a seção Queixas e Reclamações do jornal O Estado de S. Paulo. Cientes do valor daquela carta, os editores do jornal a publicaram fora da seção destinada aos leitores, com o título “Uma Velha Praga”. O texto, polêmico, fez com que Monteiro Lobato iniciasse uma colaboração com o jornal que durou mais de duas décadas.
Como colaborador de O Estado de S. Paulo, Monteiro Lobato publicou pela primeira vez o artigo "Urupês", dando vida ao famoso personagem Jeca Tatu. Foi no jornal também que Monteiro Lobato publica, em 20 de dezembro de 1917, o seu artigo “A propósito da exposição Malfatti”,  posteriormente recolhido no livro "Ideias de Jeca Tatu" (1919), sob o título “Paranóia ou Mistificação?”, considerado o estopim de sua polêmica com os modernistas. Monteiro Lobato também inicia, no Estado, uma pesquisa de opinião pública sobre a figura do saci, intitulada “Mytologia brasílica”. O  livro "Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito" é então lançado em 1918, reunindo textos de leitores do jornal e também de autoria do próprio escritor. Neste ano compra a Revista do Brasil, onde dá espaço para novos talentos e se engaja em causas nacionalistas. O sucesso da Revista lhe permite criar uma empresa editorial. É nessa editora que publica "Problema Vital", livro em que compila a série de artigos sobre sobre saúde pública e saneamento que escrevera no Estado. Na década de 1920, dedica-se à literatura infantil e publica uma série de livros, dando vida aos famosos personagens Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Anástácia, Emília e Visconde de Sabugosa, do Sítio do Pica-pau Amarelo.
Após alguns anos morando nos Estados Unidos, retorna ao Brasil em 1931 defendendo que o ferro, o petróleo e as estradas seriam o tripé que levaria ao progresso brasileiro. É nessa época que publica no Estado as séries de artigos “Machina e Energia”, entre maio e junho, e “O petróleo no Brasil”, entre novembro e dezembro. Dedica-se integralmente à campanha do petróleo, fundando a Companhia Petróleos do Brasil, e monta o dossiê "O Escândalo do Petróleo" (1936), cujas acusações ao governo Getúlio Vargas o levam à prisão em 1941. Perseguido pelo Estado Novo, aproxima-se do comunismo, mas não chega a ingressar na carreira política. Em 1946 torna-se sócio da Editora Brasiliense, a convite de Caio Prado Júnior, mesmo ano em que se publicam suas "Obras Completas", em 13 volumes. Monteiro Lobato viveu durante 20 anos em Taubaté, 27 em São Paulo, 3 em Areias, 7 na Fazenda do Buquira, 3 no Rio de Janeiro, 5 em Nova York e 1 em Buenos Aires. Faleceu aos 66 anos de idade, vítima de um derrame.


Por que 18 de abril é Dia Nacional do Livro Infantil?

Neste dia, no fim do século 19, nasceu aquele que viria a se tornar o maior escritor da literatura infantil brasileira. Confira como foi a infância deste importante autor.


Nesta data, em 18 de abril de 1882, nasceu José Bento Renato Monteiro Lobato, que viria a se tornar o escritor que é considerado o maior nome da literatura para crianças no Brasil.

José Bento Renato Monteiro Lobato

18/4/1882, Taubaté (SP) – 04/7/1948, São Paulo (SP).

O criador do "Jeca Tatu" passou toda sua infância na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, num sítio de propriedade de seu pai, José Bento Marcondes Lobato. Foi alfabetizado pela mãe, Olímpia Monteiro Lobato, e descobriu o mundo dos livros por intermédio do avô materno, o Visconde de Tremembé, dono de uma grande biblioteca, onde leu os clássicos da literatura. Quando fazia o estudo primário em sua terra natal, já escrevia pequenos contos para o jornalzinho da escola. Em dezembro de 1895, Monteiro Lobato vai a São Paulo prestar exames de admissão para um curso preparatório para a faculdade, mas é reprovado e retorna a Taubaté.
Em junho de 1898 perde o pai. Um ano depois, a mãe de Monteiro Lobato, vítima de profunda depressão, também falece. Embora quisesse ingressar na Faculdade de Belas-Artes, passa a estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, por imposição do avô. Em 1901, preside a Arcádia, sociedade literária dos alunos da Faculdade, e colabora com crônicas e críticas teatrais no jornal do grupo. Em 1903, integra a comissão de redatores do jornal O Onze de Agosto, publicação do recém-fundado Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito. No mesmo ano, participa da criação do jornal Minarete, de Pindamonhangaba, e escreve em O Povo, publicando artigos sob diversos pseudônimos. Depois de se formar, em 1904, Monteiro Lobato retorna à cidade natal e passa a escrever artigos de crítica de arte no Jornal de Taubaté. Dois anos depois, é nomeado promotor público da comarca de Areias, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Já casado com Maria da Pureza de Castro Natividade, o escritor escreve para A Tribuna, de Santos, a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, e contribui com caricaturas e desenhos para a revista Fon-Fon. Nessa época também traduz artigos do jornal londrino Weekly Times para O Estado de S. Paulo. Com o falecimento do avô, torna-se aos 29 anos o herdeiro da Fazenda Buquira, e muda-se para lá com a esposa e os dois filhos pequenos, Marta e Edgar, dedicando-se à lavoura e à criação. Ali nascem alguns anos depois seus outros dois filhos, Guilherme e Rute. Foi na Vila de Buquira, hoje município Monteiro Lobato, que ocorreu o fato que de certa forma definiu sua carreira literária. O então fazendeiro, que enfrentava as constantes queimadas praticadas pelos caboclos da região durante o inverno seco, escreveu uma carta e a enviou para a seção Queixas e Reclamações do jornal O Estado de S. Paulo. Cientes do valor daquela carta, os editores do jornal a publicaram fora da seção destinada aos leitores, com o título “Uma Velha Praga”. O texto, polêmico, fez com que Monteiro Lobato iniciasse uma colaboração com o jornal que durou mais de duas décadas.
Como colaborador de O Estado de S. Paulo, Monteiro Lobato publicou pela primeira vez o artigo "Urupês", dando vida ao famoso personagem Jeca Tatu. Foi no jornal também que Monteiro Lobato publica, em 20 de dezembro de 1917, o seu artigo “A propósito da exposição Malfatti”,  posteriormente recolhido no livro "Ideias de Jeca Tatu" (1919), sob o título “Paranóia ou Mistificação?”, considerado o estopim de sua polêmica com os modernistas. Monteiro Lobato também inicia, no Estado, uma pesquisa de opinião pública sobre a figura do saci, intitulada “Mytologia brasílica”. O  livro "Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito" é então lançado em 1918, reunindo textos de leitores do jornal e também de autoria do próprio escritor. Neste ano compra a Revista do Brasil, onde dá espaço para novos talentos e se engaja em causas nacionalistas. O sucesso da Revista lhe permite criar uma empresa editorial. É nessa editora que publica "Problema Vital", livro em que compila a série de artigos sobre sobre saúde pública e saneamento que escrevera no Estado. Na década de 1920, dedica-se à literatura infantil e publica uma série de livros, dando vida aos famosos personagens Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Anástácia, Emília e Visconde de Sabugosa, do Sítio do Pica-pau Amarelo.
Após alguns anos morando nos Estados Unidos, retorna ao Brasil em 1931 defendendo que o ferro, o petróleo e as estradas seriam o tripé que levaria ao progresso brasileiro. É nessa época que publica no Estado as séries de artigos “Machina e Energia”, entre maio e junho, e “O petróleo no Brasil”, entre novembro e dezembro. Dedica-se integralmente à campanha do petróleo, fundando a Companhia Petróleos do Brasil, e monta o dossiê "O Escândalo do Petróleo" (1936), cujas acusações ao governo Getúlio Vargas o levam à prisão em 1941. Perseguido pelo Estado Novo, aproxima-se do comunismo, mas não chega a ingressar na carreira política. Em 1946 torna-se sócio da Editora Brasiliense, a convite de Caio Prado Júnior, mesmo ano em que se publicam suas "Obras Completas", em 13 volumes. Monteiro Lobato viveu durante 20 anos em Taubaté, 27 em São Paulo, 3 em Areias, 7 na Fazenda do Buquira, 3 no Rio de Janeiro, 5 em Nova York e 1 em Buenos Aires. Faleceu aos 66 anos de idade, vítima de um derrame.


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