"É comum em uma reinternação hospitalar o boneco ficar internado com a criança, recebendo ‘os mesmos cuidados’.”
A fonoaudióloga Daniela de Freitas Feijó,
45 anos, cuida de crianças com dificuldade de fala, deglutição e
problemas alimentares. Ela acredita que a brincadeira ajuda no
tratamento dos pequenos.
Daniela e a pequena Heloise
Daniela trabalha no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. Ela defende que a criança tem mais facilidade para expressar seus sentimentos através do lúdico: “Ela consegue simbolizar sua angústia e aliviar o sofrimento”.
Ela convive com crianças que tiveram seu corpo “invadido” por procedimentos temporários ou permanentes, como sondas de alimentação, que entram pelo nariz e vão até o estômago do paciente, e a traqueostomia, quando é feito um buraquinho no pescoço do paciente para ele poder respirar.
“Em 24 horas, uma criança passa por 3 equipes de enfermagem, mais uma ou
várias equipes médicas, dependendo de quantos especialistas estão
envolvidos no caso, além de ser submetida a inúmeros exames necessários,
mas muito traumatizantes. O hospital trata a doença, mas aos olhos de uma criança, é extremamente estressante e assustador”, explica Daniela.
Foi pensando nisso que a fonoaudióloga teve a ideia de reproduzir a condição das crianças em bonecos, para que os pequenos não se sintam diferentes de todos ao seu redor e continuem seu tratamento com mais leveza e menos estresse.
“O primeiro boneco foi para um paciente que morou no hospital até os
dois anos e meio. A criança foi para casa depois de ter feito
traqueostomia. Disse
à mãe para fazer um buraquinho no pescoço de algum boneco dele, para
que pudéssemos brincar de dar comidinha ao amigo seu amigo. Funcionou e esse amigo sempre acompanhava a criança nos atendimentos”, relembra Daniela.
A fonoaudióloga batizou o projeto de “Um Amigo Como Eu”.
Daniela afirma que o projeto tem um alcance modesto. Por enquanto, ela
só consegue atingir crianças de quem ela é bastante próxima. “Estou
trabalhando com o setor de controle de infecções do hospital, para
encontramos uma forma segura de coletar o material reutilizado nas
cirurgias das crianças nos bonecos. Vamos poder fazer mais bonecos e
bonecas para a brinquedoteca do hospital ou para as crianças levarem
para casa.”
Desde que iniciou o projeto, Daniela fez dez bonecos. Ela orienta os
pais das crianças a solicitar o material do filho, que não será mais
utilizado, para colocar em um boneco ou boneca da criança. Daniela
também consegue arrumar bonecos usados, em bom estado, com amigos e
parentes, para serem “operados” e entregues para “um amigo como ele”.
“Na maior parte dos casos, a ideia é bem recebida pelos pais. O fato
deles serem ativos e participarem da confecção de um brinquedo especial
para a condição do filho, ajuda a superar o trauma gerado pela doença da
criança. Os bonecos normalmente são batizados com um nome escolhido
pela criança ou pelos pais. É comum em uma reinternação hospitalar o boneco ficar internado com a criança, recebendo ‘os mesmos cuidados’.”
Com criatividade, empatia e responsabilidade,
Daniela oferece uma alternativa para amenizar o tratamento das
crianças. A companhia de um amigo com as mesmas condições faz o
tratamento ser menos estressante para os pequenos."É comum em uma reinternação hospitalar o boneco ficar internado com a criança, recebendo ‘os mesmos cuidados’.”
A fonoaudióloga Daniela de Freitas Feijó,
45 anos, cuida de crianças com dificuldade de fala, deglutição e
problemas alimentares. Ela acredita que a brincadeira ajuda no
tratamento dos pequenos.
Daniela e a pequena Heloise
Daniela trabalha no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. Ela defende que a criança tem mais facilidade para expressar seus sentimentos através do lúdico: “Ela consegue simbolizar sua angústia e aliviar o sofrimento”.
Ela convive com crianças que tiveram seu corpo “invadido” por procedimentos temporários ou permanentes, como sondas de alimentação, que entram pelo nariz e vão até o estômago do paciente, e a traqueostomia, quando é feito um buraquinho no pescoço do paciente para ele poder respirar.
“Em 24 horas, uma criança passa por 3 equipes de enfermagem, mais uma ou
várias equipes médicas, dependendo de quantos especialistas estão
envolvidos no caso, além de ser submetida a inúmeros exames necessários,
mas muito traumatizantes. O hospital trata a doença, mas aos olhos de uma criança, é extremamente estressante e assustador”, explica Daniela.
Foi pensando nisso que a fonoaudióloga teve a ideia de reproduzir a condição das crianças em bonecos, para que os pequenos não se sintam diferentes de todos ao seu redor e continuem seu tratamento com mais leveza e menos estresse.
“O primeiro boneco foi para um paciente que morou no hospital até os
dois anos e meio. A criança foi para casa depois de ter feito
traqueostomia. Disse
à mãe para fazer um buraquinho no pescoço de algum boneco dele, para
que pudéssemos brincar de dar comidinha ao amigo seu amigo. Funcionou e esse amigo sempre acompanhava a criança nos atendimentos”, relembra Daniela.
A fonoaudióloga batizou o projeto de “Um Amigo Como Eu”.
Daniela afirma que o projeto tem um alcance modesto. Por enquanto, ela
só consegue atingir crianças de quem ela é bastante próxima. “Estou
trabalhando com o setor de controle de infecções do hospital, para
encontramos uma forma segura de coletar o material reutilizado nas
cirurgias das crianças nos bonecos. Vamos poder fazer mais bonecos e
bonecas para a brinquedoteca do hospital ou para as crianças levarem
para casa.”
Desde que iniciou o projeto, Daniela fez dez bonecos. Ela orienta os
pais das crianças a solicitar o material do filho, que não será mais
utilizado, para colocar em um boneco ou boneca da criança. Daniela
também consegue arrumar bonecos usados, em bom estado, com amigos e
parentes, para serem “operados” e entregues para “um amigo como ele”.
“Na maior parte dos casos, a ideia é bem recebida pelos pais. O fato
deles serem ativos e participarem da confecção de um brinquedo especial
para a condição do filho, ajuda a superar o trauma gerado pela doença da
criança. Os bonecos normalmente são batizados com um nome escolhido
pela criança ou pelos pais. É comum em uma reinternação hospitalar o boneco ficar internado com a criança, recebendo ‘os mesmos cuidados’.”
Com criatividade, empatia e responsabilidade,
Daniela oferece uma alternativa para amenizar o tratamento das
crianças. A companhia de um amigo com as mesmas condições faz o
tratamento ser menos estressante para os pequenos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário